A minha perspectiva sobre as fronteiras e territórios de um país é que devem ser territórios contínuos e/ou adjacentes separados por água e nunca por terra. Por exemplo, não tenho nada contra os Açores fazerem parte do território português, pelo menos enquanto a maioria do povo açoriano não querer a sua auto determinação. Já me choca o facto do Reino Unido ter em seu poder o território de Gibraltar e por muita verborreia histórica que me atirem para cima, continua a não ter sentido nenhum essa possessão. O tempo em que as nações herdavam países através dos casamentos reais já lá vai!
O facto é que em pleno século XXI a Europa continua com tiques colonialistas, absolutismos hereditários de conquistadores dos tempos dos descobrimentos; tanto no plano político/económico, como no campo territorial, no espaço europeu e "ultramarino". Vejam o quadro em baixo e creio que irão compreender melhor o que estou para aqui a dizer, os países que estão dentro de parêntesis são aqueles que reclamam os territórios como sendo deles:
ESPANHA | Norte de África: Ceuta; Melilla; Penon de Velez de la Gomera; Penon de Alhucemas; Ilhas Chafarinas; Ilha Perejil; (Marrocos) |
|
FRANÇA | América do Sul: Guiana Francesa (Suriname); Caraíbas: Guadalupe; Martinique; África: Mayotte (Comoros); Reunião; Bassas da India; Ilha da Europa; Ilhas Gloriosas; Ilha Juan de Nova (Madagascar) Ilha Tromelin (Mauritius) Oceania: Ilhas Matthew e Hunter (Vanuatu) |
|
REINO UNIDO (UK) |
Europa: Gibraltar (Espanha) Irlanda do Norte (Republica da Irlanda) África: Arquipelago Chagos(Mauritius) América do Sul: Islas Malvinas; South Ilhas da Georgia e South Sandwich (Argentina) |
|
AZERBAIJÃO | Euro-Asia Republica Nakhchivan Republica Nagorno-Karabakh |
|
ARMÉNIA | Euro-Ásia Republica Nagorno-Karabakh |
|
RÚSSIA | Europa: Enclave de Kaliningrad |
|
DINAMARCA | América do Norte: Gronelândia |
|
NORUEGA | América do Norte: Gronelândia |
|
O "Velho Continente" está velho, decrépito, sem autoridade moral para se fazer passar por consciência do Mundo, os Americanos têm a quem sair! Estes exemplos se não resolvidos, estas disputas, este não querer perder, poderão levar a novos conflitos ou ao reacendimento deles, como é o caso de Nagorno-Karabakh que viu o conflito terminado à menos de 2/3 anos. A consciência dos povos, as vontades, as culturas, o Homem, são mais importantes do que meras geo-estratégias, economias ou cartéis. Os Povos têm de ser livres!
Acabo este post com a seguinte passagem da "Declaração Universal dos Direitos Humanos":
Na Secção II, cuidando do Direito à Auto determinação Política, estabelece essa Declaração:
- Todos os povos têm o direito imprescritível e inalienável à auto determinação. Determinar o seu estatuto político com inteira liberdade, sem qualquer ingerência estrangeira (artigo 5);
- Todos os povos têm o direito de se libertar de toda dominação colonial ou estrangeira directa ou indirecta e de todos os regimes racistas (artigo 6);